Muitas pessoas questionam-se se o hexacampeão do Mr. Oympia Dorian Yates retornará a competir ou se ainda treina. Em recente visita a Templo Gym, academia onde treinei e prescrevi treinamento por quase oito anos, tive a oportunidade de conseguir uma entrevista exclusiva cedida gentilmente por Dorian, onde podemos esclarecer algumas questões.
Diga-se de passagem, Dorian ainda treina e se mantém em boa condição, tendo como o seu novo parceiro Dean Horton, que outrora treinava sob a minha supervisão. Na Templo Gym tivemos a oportunidade de treinar a três.
MI- Se não fosse a sua contusão no tríceps, você continuara a competir ou seu plano era mesmo o de se ausentar das competições ainda no auge de sua carreira?
MI- Foi uma pena apesar de você ter feito o melhor, não?
DY- Sim após a distensão, mesmo tentando treinar e me preparar em dez meses, não foi possível conseguir o mesmo resultado, ou seja, não faria sentido competir.
MI- Eu me lembro de você treinando apenas um lado do seu corpo, obteve algum resultado com isto?
DY- Existem evidencias científicas que se você treinar apenas um lado do seu corpo outro também é estimulado. Apesar de ter sentido algum estímulo neuromuscular positivo, creio que o melhor resultado tenha sido o ótimo efeito psicológico, popis ainda estava vindo para a academia, que é melhor do que ficar em casa sem fazer nada.
MI- Dorian, eu também tenhp certeza de que você fez o melhor. Você consegue visuaçizar algum culturista que possa vencer mais do que dois Olympias consecutivamente tal como você, Arnold ou Lee Haney?
MI- Quais os culturistas que hoje você mais admira?
MI- Qual o principal problema do Nasser?
DY- O dorsal dele é muito fraco e creio que ele não fez o suficiente para melhorar.
MI- Por que existe tanta confusão e desentendimento entre o que deve prevalecer entre massa e shape?
DY- Creio que eles não ficam mudando de idéia, o melhor físico é a melhor combinação entre massa e shape. Massa muscular, proporção e simetria, são os valores que devem ser considerados. Um dia um atleta traz o melhor pacote e na verdade não é o que tem maior massa e no outro dia o vencedor pode ser o que tem maior massa. O que importa é o que apresenta no dia da competição o melhor conjunto.
Os juízes não procuram pelo maior ou pelo menor e sim pelo melhor. Um dia pode ser Shawn Ray ou Flex Wheeler, no outro eu ou Nasser. Se procura pela melhor combinação. Não entendo por que as pessoas são tão confusas quanto a isto.
MI- Qual a melhor lição que você aprendeu do culturismo?
DY- Aprendi mais lições mentais do que físicas. Se você realmente se aplica em alguma coisa e se dedica vencerá. O importante é conseguir ser o Senhor de si mesmo. Se você deixa dominar pela preguiça e não deseja ir a academia treinar, a sua mente deve ser mais forte e conduzi-lo ao treino.
Cada vez que você ordena a sim mesmo acaba por ficar mais forte. Isto é disciplina e força mental. Por outro lado a cada vez que você se deixa vencer torna-se cada vez mais fraco.
MI- O que o motiva a se envolver em tantos trabalhos de caridade ajudando pessoas carentes, com doenças e até o meio ambiente e animais?
DY- Alguns dos projetos nos quais me envolvo não assumo 100% da iniciativa. Tem um cidadão na Índia que irá inaugurar uma academia com o meu nome; ele levanta uma quantia expressiva de dinheiro para caridade. Estou indo para lá para a inauguração do ginásio. Creio que tive sorte de alcaçar sucesso profissional e financeiro e acho justo retirbuir com pelos menos um pouco.
Culturistas tendem a ser muito egoístas, o seu treino, o seu físico, a sua alimentação. Isso não é tudo, creio que quando possível devemos fazer algo por outras pessoas também.
MI- Você nunca esteve na América do Sul, apesar de conhecer o restante do mundo. Você gostaria de ir ao Brasil ministrar seminários?
DY- Ouvi muito sobre o Brasil, inclusive de você mesmo. Sei que existe um grande interesse em culturismo, artes marciais e todos os tipos de atividades física. Sei que tenho muitos fãs por lá, será ótimo.
Entrevista por: Waldemar Guimaraes
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